O que é a labirintite?

Você sente tonturas, náuseas ou perda de equilíbrio ou de audição? Se sim, saiba que essa sensação de desorientação pode ser um sintoma da labirintite. Vamos explorar mais sobre essa condição, descobrir mais sobre os sintomas, causas e tratamentos e como ela pode afetar a sua qualidade de vida.
Compreendendo a labirintite
A labirintite é uma infecção que afeta uma estrutura delicada no ouvido interno, chamada de labirinto. O labirinto é responsável pelo equilíbrio e audição. É uma estrutura complexa que contém os canais semicirculares e a cóclea. Os canais semicirculares detectam os movimentos da cabeça e mantêm o equilíbrio, enquanto a cóclea é responsável pela audição.
Diversos vírus, bactérias, alergias ou lesões na cabeça podem causar a doença, mas geralmente ela inicia após uma infecção viral comum, como um resfriado ou uma gripe, que resulta em inflamação do labirinto. Estima-se que até 33% da população brasileira seja afetada por essa infecção.
A labirintite pode ter origem em outras doenças, como, por exemplo, a otite média (inflamação do ouvido médio) ou a meningite (inflamação das membranas do sistema nervoso central).
Quando o labirinto está inflamado algumas sensações aparecem como tonturas e náuseas, devido a informação que chega até o cérebro do indivíduo dando a impressão de que a pessoa está em movimento quando está parada.
Essa infecção pode acometer pessoas de todas as idades, contudo, é mais fácil aparecer em pessoas acima dos 40 anos de idade, em decorrência das mudanças que acontecem no metabolismo quando chega a essa idade.
As principais doenças do labirinto
Migrânea vestibular
A migrânea vestibular é uma variante da enxaqueca comum, mas vem acompanhada de sintomas vestibulares. Esses sintomas estão relacionados ao equilíbrio e à orientação espacial. Essa condição é caracterizada por episódios frequentes de dor de cabeça, muitas vezes intensa e pulsante, esses sintomas podem durar de minutos a horas. Além disso, há distúrbios do equilíbrio e sensibilidade à luz, ao som e a movimentos rápidos da cabeça. A causa exata da migrânea vestibular ainda não é conhecida, mas acredita-se que esteja relacionada a uma disfunção do sistema nervoso que controla as sensações de equilíbrio e audição no labirinto do ouvido interno. Essa condição é comumente observada em adultos, mas também pode ocorrer em crianças e adolescentes.
Neurite vestibular
A neurite vestibular é uma condição que causa inflamação no nervo vestibular, uma parte importante do ouvido interno responsável pelo equilíbrio. Quando ocorre essa inflamação, surgem tonturas intensas, muitas vezes acompanhadas de náuseas e vômitos que podem durar dias. A causa exata da neurite vestibular ainda é desconhecida, mas geralmente está associada a infecções virais. Embora os sintomas sejam extremamente desconfortáveis, a maioria dos pacientes se recupera com tratamento, que normalmente inclui terapia de reabilitação vestibular para ajudar a restaurar o equilíbrio. Em casos raros, podem ocorrer complicações mais graves, como danos permanentes ao nervo vestibular.
Vertigem posicional paroxística benigna
A Vertigem Posicional Paroxística Benigna é uma das causas mais comuns de vertigem. É caracterizada por uma sensação súbita de que o ambiente ao redor está girando ou que a própria pessoa está girando. Geralmente é desencadeada por mudanças na posição da cabeça. Esta condição está associada a um problema no ouvido interno, especificamente no labirinto. Pequenos cristais de cálcio se deslocam para os canais semicirculares, causando a sensação de vertigem. As crises costumam ser curtas, durando apenas alguns minutos, mas podem ser desconfortáveis. Embora possa ser perturbadora, não é perigosa por si só. No entanto, pode levar a riscos de quedas. O tratamento geralmente envolve uma série de manobras de reposicionamento da cabeça conduzidas por um profissional de saúde.
Meniére
A doença de Menière é um distúrbio crônico do ouvido interno. Caracteriza-se por episódios de vertigem, zumbidos no ouvido e perda de audição. Esses sintomas podem ser temporários ou permanentes. Em alguns casos, os indivíduos também podem sentir plenitude ou pressão nos ouvidos. Esses sintomas podem afetar o equilíbrio e aumentar o risco de quedas. A causa exata da doença ainda é desconhecida, mas acredita-se que esteja relacionada ao aumento do líquido no ouvido interno. O tratamento varia de acordo com a gravidade dos sintomas e pode incluir medicamentos, terapias de reabilitação de equilíbrio ou, em casos mais graves, cirurgia.
Principais sintomas da labirintite
Existem vários sintomas associados à labirintite. Aqui estão alguns deles:
- Tontura (ilusão de movimento);
- Náuseas e vômitos;
- Sudorese;
- Alterações gastrointestinais;
- Zumbido no ouvido;
- Perda de audição;
- Desequilíbrio;
- Zumbido e diminuição da audição;
- Queda de cabelo;
- Sensação de vazio na cabeça;
Principais fatores de risco
Existem alguns fatores de risco que aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver labirintite. Entre eles estão:
- Idade: entre 40 e 50 anos;
- Hipoglicemia;
- Colesterol alto;
- Hipertensão;
- Diabetes;
- Triglicérides;
- Otite;
- Consumo exacerbado de álcool;
- Tabagismo;
- Altas taxas de ácido úrico;
- Má alimentação.
Qual é o diagnóstico da doença?
O médico mais indicado para diagnosticar a labirintite é o otorrinolaringologista. Esse especialista realiza exames físicos e neurológicos completos para chegar a um diagnóstico preciso. Os exames utilizados para diagnosticar a doença quando o paciente apresenta sintomas de infecção incluem tomografia computadorizada, ressonância magnética e testes vestibulares. O tratamento da labirintite varia de acordo com a causa da doença, mas geralmente envolve o uso de medicamentos para aliviar os sintomas e reduzir a infecção.
Algumas dicas sobre a labirintite
Durante uma crise, é importante manter-se em uma posição confortável, preferencialmente deitado de lado, para evitar quedas e aliviar os sintomas. Pessoas que trabalham em alturas ou operam máquinas devem ter cuidado especial. A desidratação pode agravar os sintomas, portanto, é fundamental beber líquidos em abundância para evitá-la.
Além disso, é recomendado evitar o consumo de chocolate, café e bebidas alcoólicas. Suspender o uso de cigarros e evitar luzes de intensidade forte também ajudam a prevenir situações de desequilíbrio e tontura. Manter-se em um ambiente calmo e silencioso são medidas simples, porém eficazes.
Fazer mudanças no estilo de vida é super importante para evitar crises e ter uma vida mais saudável. Inclua alimentos ricos em proteínas e legumes na sua alimentação, pratique atividades físicas regularmente e fique de olho nos níveis de colesterol e triglicérides. Assim, você reduz os riscos de infecção e se sente cada vez melhor!
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