O que é a triagem auditiva neonatal e por que é importante?

A triagem auditiva neonatal é um conjunto de exames que ajuda a descobrir se o seu bebê tem alguma dificuldade para ouvir. Identificar isso cedo é muito importante, pois a audição está diretamente ligada ao desenvolvimento da fala e da linguagem. Se o problema for descoberto logo, o bebê pode começar a receber o tratamento necessário, garantindo que ele se desenvolva bem.

O que são os riscos para perda auditiva?

Um bebê pode ter um risco maior de perda auditiva se ele tiver passado por certas condições de saúde ao nascer. Alguns desses riscos incluem:

• Ter ficado na UTI por mais de 5 dias.
• Ter nascido com menos de 1,5 kg.
• Ter histórico de surdez na família.
• Ter tido alguma infecção grave durante a gestação (como toxoplasmose, sífilis, HIV).
• Icterícia neonatal (quando o bebê nasce com pele e olhos amarelados devido ao excesso de bilirrubina no sangue, o que pode causar problemas se não for tratado).

Esses fatores são chamados de indicadores de risco para deficiência auditiva (IRDA). Se o bebê tiver algum desses fatores, ele será classificado como “com risco” e vai precisar de mais acompanhamento.

Como funciona o exame de audição do bebê?

O teste auditivo do bebê é simples e indolor. Ele é feito logo nos primeiros dias de vida e tem várias etapas, dependendo de como o bebê se sai nos exames.
O fluxo geral segue assim:

Primeiro

Identificação do risco para perda auditiva

Primeiro, os profissionais de saúde vão verificar se o bebê tem algum indicador de risco (IRDA), como mencionado acima. Isso será feito com base no histórico de saúde do bebê e da mãe.

Bebês sem risco (sem IRDA): Eles farão um teste chamado Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAE). Esse exame detecta se a cóclea (parte do ouvido interno) está funcionando bem.

Se o bebê passa no exame, ele não precisará de novos testes. No entanto, mesmo assim, o desenvolvimento da audição e da linguagem deve ser acompanhado. É importante seguir a Escala de Acompanhamento do Desenvolvimento da Audição e Linguagem, que orienta as fases de desenvolvimento auditivo e fala do bebê. Essa tabela acompanha os seguintes marcos: 

0 a 3 meses: O bebê acorda com sons fortes e se acalma com sons suaves e música. 
3 a 4 meses: O bebê começa a prestar atenção em sons e vocaliza (emite sons). 
6 a 8 meses: O bebê localiza de onde o som vem e balbucia (por exemplo, sons como “dada”). 
12 meses: O bebê balbucia mais e começa a falar as primeiras palavras. 
18 meses: O bebê já fala pelo menos seis palavras. 
2 anos: O bebê forma frases com duas palavras. 
3 anos: O bebê já consegue formar sentenças completas.

Os pais devem estar atentos a esses marcos e procurar ajuda médica caso percebam que o bebê não está alcançando essas etapas no tempo esperado. 

• Se o bebê falha, um novo exame será feito. 
• Bebês com risco (com IRDA): Eles já começam com o teste PEATE (Potenciais Evocados Auditivos do Tronco Encefálico), que verifica se o som está chegando corretamente até o cérebro. 
• Se o bebê passa, ele entra em monitoramento para garantir que tudo continue bem. • Se ele falha, será marcado um novo exame chamado reteste.

Maternidade

Teste inicial de audição (EOAE-1 ou PEATE)

Otoclin

Reteste

Se o bebê falha no primeiro exame, ele precisará voltar para um reteste. Nesse exame, será usado novamente o PEATE para verificar com mais cuidado se existe algum problema auditivo.

• Se o bebê passar no reteste, ele ficará em monitoramento se tiver algum fator de risco. Caso não tenha fator de risco, ele será liberado de novos exames, mas os pais devem continuar acompanhando o desenvolvimento da audição e da linguagem conforme a Escala de Acompanhamento mencionada acima.

• Se o bebê falhar de novo, será necessário um encaminhamento para uma consulta na Otoclin, onde ele receberá cuidados especializados em Saúde Auditiva. A equipe da Otoclin, composta por especialistas em ouvido e audição, cuidará do bebê e fará mais exames para entender melhor o que está acontecendo.

Bebês que passaram no exame, mas ainda têm algum fator de risco, vão entrar em monitoramento. Isso significa que eles precisarão fazer novos testes e consultas ao longo dos primeiros meses de vida para garantir que a audição está se desenvolvendo bem.

Saúde Auditiva

Monitoramento e acompanhamento

Saúde Auditiva

Diagnóstico e tratamento

Se os exames mostrarem que o bebê tem realmente uma perda auditiva, ele será encaminhado para tratamento na Otoclin. Dependendo do caso, o bebê pode precisar de:

  • Aparelho auditivo para ajudar a ouvir melhor.
  • Implante coclear para casos mais graves, onde o ouvido interno não está funcionando corretamente.

Além disso, o bebê pode receber acompanhamento com um fonoaudiólogo, que vai ajudar no desenvolvimento da fala e linguagem.

O que significa passar ou falhar nos exames?

Passar no exame: Significa que, naquele momento, o bebê está ouvindo bem. No entanto, mesmo que o bebê passe, os pais devem continuar observando o desenvolvimento da audição e da linguagem, conforme a Escala de Acompanhamento do Desenvolvimento da Audição e da Linguagem. Caso o bebê não atinja os marcos esperados, os pais devem procurar orientação médica.

Falhar no exame:
Não quer dizer que o bebê tem perda auditiva, mas indica que é necessário fazer mais exames para investigar melhor. Isso pode acontecer, por exemplo, se o bebê estiver com líquido no ouvido ou cera que atrapalhe o exame.

O que acontece se o bebê tem perda auditiva?

Se os exames confirmarem que o bebê tem perda auditiva, ele será encaminhado para tratamento na Otoclin. Isso pode envolver o uso de aparelhos auditivos ou, em casos mais graves, um implante coclear. O objetivo é garantir que o bebê receba o tratamento o mais cedo possível para não atrapalhar o desenvolvimento da fala e da linguagem.

Exames finais

O conjunto destes testes fornecerá uma visão completa da saúde auditiva do seu bebê.